Burlesco: Conheça Estética Que Inspirou Novo Álbum de Taylor Swift

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Em 3 de outubro de 2025, Taylor Swift lançará seu 12º álbum de estúdio, The Life of a Showgirl, um projeto cuja estética mescla a grandiosidade do pop contemporâneo com uma moda clássica da segunda metade do século 19: o burlesco. Combinando teatralidade e sensualidade sofisticada, o álbum evoca os cabarés da Belle Époque, resgatando uma atmosfera de glamour que dialoga com o luxo do presente. Na capa, Swift aparece parcialmente submersa em água, vestindo um conjunto de cristais da marca Area.
A parceria com produtores como Max Martin e Shellback sugere um retorno ao pop teatral altamente produzido, lembrando momentos de álbuns como Red e 1989. Entre as faixas, “Elizabeth Taylor” se destaca ao fazer referência à atriz icônica, abordando a luta das mulheres poderosas contra o escrutínio público e consolidando o álbum como uma celebração da força feminina.
Essa não é a primeira incursão de Swift pelo universo do burlesco. Em 2022, no videoclipe de Bejeweled, a cantora contou com a colaboração de Dita Von Teese, incorporando elementos clássicos da arte burlesca, como a dança do copo de martini e o uso de penas e brilhos. Mais do que uma homenagem, a parceria atualizou o burlesco para o século 21, tornando-o acessível a uma nova geração de fãs.
Da marginalidade ao empoderamento
O burlesco nasceu na Inglaterra vitoriana, na década de 1860, como uma paródia teatral de obras clássicas. Nos Estados Unidos, evoluiu para um espetáculo de variedades que combinava música, dança e comédia, introduzindo uma sensualidade respeitável para a época. Artistas como Lydia Thompson e as Gaiety Girls desafiaram normas sociais, usando humor e ironia para criticar convenções vitorianas.
Nos anos 1920 e 1930, o estilo ganhou destaque com nomes como Josephine Baker, que trouxe exotismo e sensualidade às performances. Figurinos elaborados, como corsets e plumas, tornaram-se símbolos do gênero. Em períodos de crise, como guerras e recessões, o burlesco oferecia uma fuga: para homens das classes operárias e soldados, era um momento de leveza e prazer visual, com imagens de mulheres misturando inocência e erotismo, originando o conceito de “pin-up girls”.

A artista burlesca Sally Rand performou na apresentação beneficente “Dias Dourados do Burlesco”, em 1973
A partir dos anos 1990, o neo-burlesque ressurgiu como expressão de empoderamento feminino. Dita Von Teese, conhecida como a “Rainha do Burlesco”, revitalizou a arte, incorporando glamour e teatralidade, figurinos luxuosos e cenários cuidadosamente elaborados.
Taylor Swift e o burlesco contemporâneo
Swift tem explorado o universo burlesco ao longo de sua carreira, especialmente em videoclipes como Bejeweled, onde a presença de Von Teese evidencia a conexão da cantora com essa tradição performática. Na turnê Eras Tour, figurinos e coreografias remetiam aos cabarés franceses das Folies Bergère e do Moulin Rouge, com uma estética que combinava seda fluida e sensualidade sofisticada.

Combinando teatralidade e sensualidade sofisticada, o álbum evoca os cabarés da Belle Époque
Com The Life of a Showgirl, Swift não apenas homenageia o burlesco, mas o reinventa para o pop contemporâneo, tornando a arte acessível e relevante para uma nova geração. Ao mesclar elementos clássicos e modernos, ela cria uma narrativa visual impactante e consolida sua posição como referência na construção de performances que vão além da música, transformando cada álbum em uma experiência cultural completa.
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